PROJETO INTER AGIR: INTERVENÇÃO MOTORA PARA BEBÊS
INTER AGIR:
INTERVENÇÃO MOTORA PARA BEBÊS
Módulo II
Organizadores/Patrocinadores:
Coordenadora Geral: Constance Piffero
Coordenadora: Carla Skilhan de Almeida
Porto Alegre, outubro de 2007
APRESENTAÇÃO
Nas últimas duas décadas, observa-se na literatura a crescente preocupação em estudar o desenvolvimento global da criança em diferentes faixas etárias (ADALBJORNSSON, 2001; FREITAS e CASTRO, 2003; GOODWAY e BRANTA, 2003; JONES e GREENOUGH, 1996; PAYNE, 1995; RAMEY e RAMEY, 1999; VALENTINI e RUDISILL, 2004; VARGAS et al., KREBS, COPETTI, BELTRAME, PINTO, 2003; WOLFE e BRANDT, 1998). Acredita-se que, nos primeiros cinco anos de vida, exista uma maior plasticidade cerebral, o que possibilita a otimização dos ganhos no desenvolvimento motor, cognitivo, visual, sensorial, da linguagem, da aprendizagem e da memória. Durante esse período, o indivíduo parece estar mais sensível às oportunidades para a aprendizagem (GABBARD, 1998). Provavelmente, se poucas oportunidades são propiciadas ao bebê, o mesmo não desenvolverá o circuito neuronal no cérebro de forma otimizada. Nesse período da vida, um ambiente rico em experiências sensoriais é vital para o aumento de circuitos neuronais, composições dendríticas no sistema nervoso, avanços constantes das conexões no cérebro e, conseqüentemente, para o desenvolvimento global do bebê (GABBARD, 1998).
Acredita-se, também, que no indivíduo, existam estruturas que se auto-organizam e se somam com o fator maturacional, resultando em uma cooperação entre múltiplos subsistemas do indivíduo (muscular, esquelético, nervoso, sensorial, motivacional, memória), da tarefa a ser realizada e o meio em que o indivíduo está inserido, ou seja, as experiências e os fatores contextuais (THELEN, 1986). Integrando, portanto, todos os níveis pertinentes de análise do desenvolvimento motor, desde os processos de desenvolvimento observáveis, produtos da percepção básica, bem como, os