Projeto genoma
O Projeto Genoma Humano, iniciou-se formalmente nos Estados Unidos em 1990. Em seguida, vários outros países, incluindo o Brasil, passaram a participar desse projeto. Seus objetivos básicos são o mapeamento dos genes humanos e o sequenciamento de todo o nosso genoma. O PGH tem se desenvolvido muito rapidamente e algumas das metas propostas, como o mapa genético de marcadores, já foram atingidas. Igualmente, estão sendo observados os efeitos dos novos conhecimentos adquiridos pelo PGH no diagnóstico de doenças genéticas, bem como na identificação de novos genes.
O desenvolvimento embrionário e a formação de um ser humano são controlados pelos genes. O nosso material genético (o ácido desoxirribonucleico - DNA), contido nos 23 pares de cromossomos em cada uma das células, é muito complexo.
Conhecer e compreender os nossos genes é uma etapa primordial para o tratamento de doenças que, primariamente e mesmo secundariamente, sejam decorrentes de alterações genéticas. Dentre essas, merecem ser citadas as diferentes formas de câncer, que geralmente são resultantes da desregulação da divisão celular. Essa questão de como identificar todos os genes e qual a função por eles desenvolvida é bastante antiga.
Para além dos benefícios que, por motivos a serem analisados, são atribuídos às inovações genéticas, há a otimista conotação da capacidade de promoção do surgimento de um novo mundo, de um outro mundo, talvez de um outro homem desenhado pela medicina do amanhã.
É possível dizer que um primeiro benefício esperado do Projeto Genoma Humano seria, em tese, a diminuição do sofrimento humano, pela ampliação das possibilidades de diagnóstico e cura de doenças. Essa perspectiva tem, em muitos casos, justificado a realização de projetos de pesquisa concretos, o que caracteriza o conseqüencialismo e o utilitarismo dominantes na análise bioética. Mas a contrapartida dos problemas que aquele projeto comporta anuncia-se de imediato:: engenharia ou