Projeto Fossa e Filtro
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FILTROS ANAERÓBIOS COM FLUXO ASCENDENTE E
FLUXO DESCENDENTE
Cícero Onofre de Andrade Neto, Henio Normando de Souza Melo e
Manoel Lucas Filho
PROSAB-UFRN. Nucleo Tecnológico. Campus Universitário. Natal, RN. CEP: 59078-900.
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RESUMO
A busca de alternativas para o material de enchimento e o aperfeiçoamento de detalhes construtivos, incluindo o sentido do fluxo e a facilidade de remoção do excesso de lodo, são os aspectos que merecem maior atenção no desenvolvimento tecnológico dos filtros anaeróbios.
Os filtros anaeróbios mais usuais têm fluxo ascendente ou descendente. Nos filtros de fluxo ascendente o leito é necessariamente submerso (afogado). Os de fluxo descendente podem trabalhar afogados ou não. Aparentemente, os filtros com fluxo descendente afogado assemelham-se funcionalmente aos de fluxo ascendente, mas pouco se conhece sobre os filtros anaeróbios de fluxo descendente com leito afogado. Apenas os filtros com fluxo ascendente têm sido significativamente aplicados ao tratamento de esgotos e pesquisados.
Este trabalho analisa, comparativamente, o desempenho de dois filtros anaeróbios com volumes iguais, mesmo material de enchimento e o mesmo afluente e vazões, mas com sentido de fluxo diferentes, sendo um com fluxo ascendente e outro com fluxo descendente afogado.
Os filtros receberam o efluente de um grande tanque séptico de câmaras em série, alimentado com esgoto essencialmente doméstico. Cada filtro tem 4,0 m de comprimento por 0,7 m de largura e profundidade de 1,2m. Foram cheios com anéis de eletroduto corrugado de plástico.
Os dois filtros propiciaram bons resultados na remoção de matéria orgânica e sólidos, permitindo concluir que um filtro anaeróbio de fluxo descendente afogado pode propiciar eficiência equivalente a de um filtro anaeróbio de fluxo ascendente, com as demais características operacionais