projeto de irrigação das varzeas de souza
A principal característica do processo de formação do território agrário brasileiro e a forma desigual e excludente da distribuição de terra, que tem sua origem histórica nas capitanias hereditárias e no sistema de sesmaria. Com a lei de terra de 1850, a terra passa a ser uma mercadoria e seu acesso agora se dar através do titulo de compra, apenas aquelas pessoa que dispusessem de recursos poderiam comprá-las. A determinação do capital no acesso à terra se repete no que diz respeito à água, elemento da natureza essencial para o desenvolvimento de qualquer atividade na terra. Onde esse recurso é escasso, como no caso do semi-árido brasileiro, o controle da terra e da água é determinante na manutenção da estrutura de poder. A política tem sido o meio pelo qual o estado tem reforçado essa estrutura de poder e o controle da oligarquia rural, no semi-árido nordestino, através de políticas de combate a escassez de água, com ações, como construções de grandes barragens em terras privadas. Ações como essas são conseqüência da privatização da nossa política que está a serviço dos interesses do capital, que acumulado anteriormente em outras condições históricas, vem possibilitar o controle e a manutenção do poder nas mãos de poucos privilegiados. O presente trabalho tem como objetivo discutir o projeto de irrigação da várzea de Souza (PIVAS), numa perspectiva mais crítica com vista na luta camponesa por terra e água neste perímetro irrigado Este trabalho está organizado de forma que em um primeiro momento posamos discutir estruturalmente o projeto de irrigação da várzea de Souza e em um segundo momento, como conseqüência do anterior, possamos entender a luta dos camponeses para ter direito a terra e a água . Para realização deste trabalho foram realizadas pesquisas com base em bibliografias consultadas (monografias, artigos, dissertações).
Histórico de Ações do Estado para Combate a Seca no