projeto borboleta

Diariamente, centenas de pessoas cometem suicídio, e outras centenas de pessoas, sem tomar coragem ou ver necessidade para isso, de fato, apenas cortam e mutilam o próprio corpo, em busca de alívio de uma dor que não é física. Uma porcentagem dessas pessoas fazem isso apenas por atenção. Uma porcentagem que não consigo enxergar como indivíduos. Pois a grande maioria que o faz tem, sim, problemas. Não conseguem externar sua dor, seus problemas, seu sofrimento. E, em busca de esquecê-los, buscam a dor física, um placebo extremamente perigoso.

Não consigo entender as pessoas que têm orgulho em dizer ter problemas psicológicos sérios. Pois estes são, de fato, problemas. Quem quer ter problemas? Quem tem depressão não busca olhares de pena sobre si, bipolaridade não é uma justificativa para mudanças de humor, dupla/múltiplas personalidade(s) não é algo risível e feito para justificar uma bebedeira. São defesas da própria mente para algo mais grave. Por que as pessoas se cortam ou cometem suicídio? Já parou para pensar nisso? O que causa estes transtornos nas pessoas? A resposta é simples, mas dura de engolir.

Porque são as outras pessoas que causam isso. O ser humano tem um lado sombrio, brutal e animalesco. Pais que estupram os próprios filhos, bullying de verdade entre crianças de mesma idade, opressão social, e ainda existem aqueles que são verdadeiros psicopatas, pessoas que não têm profundidade emocional nenhuma.

Por que não ajudar? Um gesto simples, como desenhar uma borboleta, pode salvar vidas. É disso que o projeto se trata. A cada vez que alguém sente um impulso de se automutilar, desenha uma borboleta em seu pulso. Não deve apagá-la, ela deve sair naturalmente, pois seria como matá-la. É como um pedido de ajuda. E mesmo que você não se corte e não sinta essa vontade, desenhar uma mísera borboleta em seu pulso é como um sinal verde, um “eu me importo” velado, para que aqueles que, sim, sentem aquela dor interna insuportável saibam que não estão