Programa mais médicos

Afinal por que as entidades médicas são contra o programa “Mais Médicos”?

O programa promete a abertura de 10 mil novos postos de empregos para médicos em regiões mal atendidas como o interior do país e a periferia das grandes cidades. Para isto a medida provisória assinada pela presidente, prevê que, a partir de 2015, a grade curricular das escolas de medicina públicas e privadas tenham um ciclo de dois anos de trabalho obrigatório para a rede pública, como parte da formação do médico. Assim, o aluno que entrar numa escola de medicina em 2015 receberá o diploma e o registro definitivo no Conselho Regional de Medicina em 2023. O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira, de forma precipitada, chamou de "trabalho escravo" a obrigação para estudantes de medicina que vão se formar a partir de 2021, de dedicarem dois anos de serviço ao SUS, recebendo bolsa e ainda disse que essa exigência afastará novos candidatos aos cursos de medicina! Podemos até questionar a "obrigação" para alunos de escolas particulares que pagam uma mensalidade em torno de R$5000,00 reais ter que se manter por mais dois anos a troco de bolsas, mas quanto aos estudantes de escola publica, nada mais justo que devolvam pelo menos dois anos de seu trabalho para a sociedade "pagou" por sua formação. Quanto ao argumento de afastamento de "interessados", o governo tanto discorda desta afirmação que, inclusive, está prometendo a abertura de 11,4 mil novas vagas em escolas públicas e privadas até 2017. A autorização para faculdades de escola de medicina tem sido um dos melhores negócio do país, diante da grande demanda. Negócio este que as "entidades de ensino médicas" procuram proteger a todo custo tentando evitar, que a competição não venha provocar a baixa do preço das mensalidades nas faculdades privadas. Onde fica a chamada "livre concorrência"? Aliás esta verdadeira "RESERVA DE MERCADO" é uma das principais causas da atual escassez de médicos no Brasil,