profilaxia
ADE
SOCIEDADE de CARDIOL
OGIA do
CARDIOLOGIA
RIO GRANDE DO SUL
REVISTA da
Artigo
PROFILAXIA DA FEBRE REUMÁTICA : QUANDO E COMO FAZER
Joice Cunha Bertoletti
Especialista em Cardiologia Pediátrica
Médica de Tempo Integral do Instituto de Cardiologia – FUC
Membro do Comitê de Febre Reumática representante do Rio Grande do Sul
Endereço para correspondência:
Instituto de Cardiologia
Avenida Princesa Isabel, 395
CEP 90620-001
Porto Alegre – RS
1 – Introdução
A Febre Reumática (FR) é uma doença inflamatória não supurativa, secundária a uma infecção pelo estreptococo b hemolítico do grupo A de Lancefield, e que ocorre em indivíduos geneticamente predispostos
. Trasta-se de doença que pode atingir vários sistemas do organismo, isoladamente ou em conjunto, a saber – articulações, coração, cérebro, pele e tecido celular subcutâneo.(1-2-3)
Considerando-se aspectos clínicos, bacteriológicos, epidemiológicos e imunológicos, não existem dúvidas sobre a vinculação entre o estreptococo b hemolítico e a Febre Reumática. Entretanto apesar dos avanços tecnológicos e de todo o conhecimento clínico, a patogênese desta doença não está totalmente elucidada. (4)
Sabe-se hoje que fatores constitucionais e ambientais influenciam no aparecimento da Febre Reumática, e que a susceptilidade familiar é elemento importante. Fatores como desnutrição, superpopulação e baixo nível socioeconômico predispõem à infecção pelo estreptococo e a subseqüentes ataques reumáticos. A Febre Reumática, de modo geral, aparece algum tempo após um episódio de amigdalite pelo estreptococo b hemolítico. Sabe-se que a maoiria das amigdalites em crianças é viral (80%) e que as amigdalites estreptocócicas (20%) têm características peculiares, com quadro clínico mais grave, comprometimento do estado geral, febre alta, adenopatia cervical, importante dificuldade para deglutir etc. Pode não haver claramente este episódio inicial e a doença se instalar, como primeira