PROFETAS HEBREUS
A era da profecia clássica teve início no século VIII a.C.
As pequenas comunidades rurais se enfraqueciam por causa de pesados impostos que tinham que pagar e o Estado crescia cada vez mais, se tornando centralizado e concentrado nas mãos de poucos. A fraqueza do povo crescia e aumentava o poder dos exércitos. Os camponeses pobres eram obrigados então a vender suas propriedades para serem transformadas em latifúndios por um pequeno grupo de capitalistas urbanos. “É por causa de tal situação que surgem os profetas como ‘porta-vozes dos desgraçados da terra”, ou seja, pregavam a justiça exigindo o fim das práticas de opressão. Pregavam que a vida e a alegria fossem desenvolvidas a todos que se encontravam fora dos círculos de riqueza e poder.
Essa pregação se distancia muito da concepção que as pessoas tem sobre profetas, pois geralmente os veem como videntes com poderes especiais para prever o futuro sem muito a dizer sobre o presente.
NOVO TIPO DE RELIGIÃO:
A partir dos profetas hebreus, portanto, instaurou-se um novo tipo de religião, de natureza ética e política, que entendia que as relações dos homens com Deus deveriam passar pelas relações dos homens uns com os outros.
VISÃO DAS AUTORIDADES
As autoridades detestavam e acusavam de traidores tais profetas denunciando sua pregação como contrária aos interesses nacionais.
Foram proibidos de falar, perseguidos e mesmo mortos.
OUTROS TIPOS DE RELIGIÃO
As denúncias dos profetas não se dirigiam apenas àqueles que oprimiam os fracos, como também aos que sacralizavam e justificavam a opressão como se esta tivesse aprovação divina.
Para eles, uma religião protegida pelo Estado só poderia estar a serviço dele. Atacavam portanto, as praticas religiosas dominantes, patrocinadas e celebradas pela classe sacerdotal.
Batendo de frente com as velhas crenças e rituais judaicos, afirmavam que Deus não precisava dos sacrifícios de animais nem das orações dos sacerdotes e do povo. "Praticar a