Professora
Como andam as suas?
A gente faz escolhas da hora que acorda a hora que vai dormir. Não percebe, mas faz. Umas decisões são mais pensadas, outras acontecem por indução ou influência e muitas outras funcionam no “automático”: simplesmente repetimos o que um dia aprendemos, ou imitamos algo que nos soa legal.
Algumas escolhas parecem únicas, pois exigem uma posição: seguir essa ou aquela carreira, estudar no exterior ou permanecer aqui, assumir um compromisso ou pular fora, começar a trabalhar ou se dedicar apenas aos estudos? Essas escolhas causam impacto, geram ansiedade pois cobram uma definição: escolher uma possibilidade na maioria das vezes significa abandonar outra(s) sem se estar totalmente convencido de que é isso que se quer. Dessas escolhas, temos consciência pela angústia que elas nos obrigam a passar.
No entanto, não é sempre assim. Na maior parte do tempo escolhemos sem a consciência de que estamos fazendo uma opção. Para o bem ou para o mal, no automático, em geral, estão atitudes corriqueiras, que viram hábito. A forma de escovar os dentes (às vezes errada), de selecionar alimentos que gostamos de comer, de rejeitar outros (que são importantes mas que nem queremos provar), de fumar, de beber, e por aí afora.
Esses comportamentos se tornam tão enraizados que só vão merecer uma revisão quando questionados apropriadamente. Muitos desses hábitos morrem com o indivíduo ou matam ele, como nos casos do cigarro e da bebida! Quem não conhece uma história assim? É que essas escolhas vão contabilizando um prejuízo diário na vida da pessoa.
Há também os momentos em que escolhemos no “escuro”, ou seja , no calor da emoção, sem avaliar direito o risco. É o caso da carona que se pega com o amigo que bebeu; da briga que se envolve num bar sem se saber como nem por quê, talvez por se estar no lugar errado com as pessoas erradas; da possibilidade de uma gravidez precoce ou até mesmo de uma DST (doença sexualmente