Professora maluquinha
A Professora Maluquinha não aplicava prova para os alunos, pois acreditava que todos tinham condições de passar de ano: “Antes que o ano terminasse, ela procurou a diretora e falou com segurança: “Com as minhas crianças não vai ser preciso fazer provas. Todas têm condições de passar de ano”.” (PM, 2010: 92). Ela não fazia uma prova conteudista, avaliava continuamente. Essa avaliação está de acordo com Jussara Hoffmann (2006). Em seu livro Avaliação Mediadora , no qual ela cita uma experiência feita por professores de uma Escola Municipal de Porto Alegre, onde eles aboliram a prática de realização de provas pelas crianças com dias marcados, realizando, ao invés disso, várias tarefas menores e sucessivas para serem analisadas pelo professores, sem a preocupação de atribuir notas ou conceitos a essas tarefas, analisando o desenvolvimento dos alunos ao longo do processo. Esse procedimento está no dia a dia da Professora Maluquinha. Ela incentiva seus alunos a lerem, utilizando vários métodos e no dia em que a Ana Maria diz: “Professora onde a gente pode ler mais sobre isso?” (PM, 2010: 66), ela fica tão feliz e diz que isso era tudo que ela queria ouvir. Não foi através de provas, que ela conseguiu o progresso de seus alunos. Acompanhou o processo de aprendizagem e por esse motivo o resultado foi tão satisfatório.