Professor holand
O filme Adorável Professor conta a história de Glenn Holland, um músico profissional dos EUA que por necessidades financeiras tem de lecionar para estudantes da escola pública John F. Kennedy. Seu sonho de vida é composição musical e para isso junta dinheiro, lecionando, para construir uma poupança para seu sustento financeiro no futuro. Reside com a sua mulher em um apartamento, e seus planos no desenrolar do filme, começam a não dar certo, pois ele entra em conflito com os alunos e ao mesmo tempo sua mulher revela que está grávida. Nascido o bebê, eles descobrem que o filho é surdo. Assim, para financiar os estudos especiais e o tratamento do filho, o professor se envolve cada vez mais com a escola, deixando de lado seu sonho de tornar-se um grande compositor.
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Esse sonho frustado e o desinteresse pela prática de lecionar refletem na questão do desapego dos próprios alunos pelas aulas de música, pois o próprio Holland trabalha inicialmente com aquela visão de “temporariamente, por necessidade”. Essa falta de preparo acontece também, pelo fato do músico compositor ter uma formação musical exclusivamente erudita, havendo um descomprometimento com o ensino na escola pública, de uma formação geral. Esse despreparo é claramente visível em seus primeiros dias como professor, agindo de uma maneira tradicional, exercendo um papel puramente técnico e mecanicista – ele chega à escola, dá a sua aula e vai embora para casa, sem maior envolvimento e comprometimento com a escola. Podemos até comparar Mr. Holland inicialmente, com a “concepção bancária” que Paulo Freire traz em seu texto “Papel da educação na humanização” – um especialista que aplica conhecimentos científicos em seus alunos seguindo uma sequencia de conteúdos, independentemente da participação ou interesse dos alunos.
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Nesse modelo, nem os alunos se interessam