Professor de língua portuguesa: se você não é deveria ser criativo
Valéria Araújo de Souza*
Quem é professor de língua portuguesa sabe que inserir a criatividade em sua disciplina é um grande desafio. A criatividade é como uma proposta pedagógica de trabalho usada para que as aulas não se tornem monótonas ou rotineiras e que assim os alunos não acabarem desvalorizando a disciplina em detrimento de outras. Mas será que bastam somente habilidades técnicas para ser criativo?
As aulas não devem ser realizadas somente com o intuito “prender” os olhos dos alunos no professor e nos conteúdos. Sabemos que até hoje os alunos são educados para não questionar o professor, esse processo de ensino tão arcaico tem sérios efeitos na vida de muitos estudantes. Os profissionais da educação devem investir na criatividade, na metodologia em que os alunos desenvolvam sua autonomia. Sem perderem sua autoridade, esses profissionais da educação podem trabalhar uma autonomia em que há divisões de trabalhos: o professor usa a arte de perguntar e a arte de (saber) ouvir seus alunos.
O foco principal da educação é o aluno, então nada melhor do que conhecê-lo, criando ambientes agradáveis para administrar suas aulas. Sabemos que muitas escolas não investem nesse tipo de ensino e se prendem ao tradicionalismo, nos repasses de conteúdos, onde o aluno é apenas um mero ouvinte, sem possibilidade de voz e nem vez. Não é somente com a teoria que os alunos irão desenvolver seus saberes. A língua portuguesa vai além do ensino prescritivo. Mostrar a prática da disciplina no dia-a-dia dará ao aluno a possibilidade de perceber que o estudo da língua materna é uma atividade tão natural como brincar.
Porém, muitos professores têm medo de ousarem. Muitas vezes porque as regras da escola não permitem sair desse tradicionalismo de ensino. Por isso, são necerários que tanto o professor e a escola, procurem conhecer as vivências, as competências e habilidades dos seus alunos em suas aulas, pois,