Produção e perigos nuclear
Cléber Roberto Delphino
Aluno do curso técnico em Radiologia
Colégio Técnico Visão
Americana
Outubro de 2010
A ciência pode ser usada para diferentes fins, ética ou não, pacífica ou bélica (a escolha fica nas mãos de quem possui esse conhecimento). Todo conhecimento está sujeito ao possível mau uso. No entanto a energia nuclear é vista como uma das mais perigosas em razão do seu uso em guerras, especialmente em relação ao ocorrido nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, no ano de 1945, durante a Segunda Guerra. Além disso, os acidentes nas usinas nucleares ocorridos nos Estados Unidos e na Ucrânia ainda assustam muito. O acidente nuclear de Chernobyl, no dia 26 de abril de 1986, é simbólico. Um dos reatores da usina sofreu uma explosão de vapor, causando um incêndio. Diversas explosões aconteceram e acabou ocorrendo o derretimento do núcleo do reator. Foi produzida uma nuvem de radioatividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e parte do Reino Unido. A contaminação foi dezenas de vezes maiores que a da bomba de Hiroshima. Milhares de pessoas morreram ou ficaram gravemente doentes após o vazamento e mais de duzentas mil pessoas foram evacuadas de suas casas. Como a contaminação ainda causa problemas em muitas pessoas é difícil estimar o número de mortos, em conseqüência do acidente. Muitas pessoas morrerão de doenças relacionadas. Ao todo 47 trabalhadores morreram no acidente e 9 crianças tiveram câncer de tireóide. Já no caso de Hiroshima e Nagasaki não há reconhecimento suficiente no mundo e nem nos EUA de que as vítimas das bombas eram na maioria civis, que aqueles mais próximos do epicentro das explosões foram incinerados enquanto os mais distantes receberam a radiação, que muitos tiveram mortes dolorosas e que mesmo hoje, mais de cinco décadas após o ataque com bombas nucleares, os sobreviventes ainda sofrem os efeitos da radiação. As bombas de