PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR 5º semestre pedagogia
Por Bianca Tavares
Vir até a Bahia e não provar o acarajé é praticamente como ir ao Rio de Janeiro e não conhecer o Cristo Redentor, ou ir ao litoral e não ter 15 minutos para molhar os pezinhos na praia...
Estamos falando de um bolinho tipicamente baiano, feito de massa de feijão-fradinho, cebola e sal, e frito em azeite-de-dendê. O acarajé pode ser recheado com pimenta, camarão seco, vatapá, caruru... que também são misturas comuns na Bahia.
Esse bolinho, que pode ser servido “quente (com mais pimenta) ou frio (com pouca pimenta), é originado da culinária afro-descentente, vindo com os escravos na colonização do Brasil. Na África, o bolinho de feijão é chamado de àkàrà que significa bola de fogo, enquanto je possui o significado de comer. No Brasil foram reunidas as duas palavras numa só: acara-je, ou seja, “comer bola de fogo”. Devido ao modo de preparo, normalmente com bastante pimenta, a iguaria recebeu esse nome.
Pela tradição que se firmou ao longo de séculos, quem faz o acarajé é a mulher, a filha de santo quando para uma obrigação, ou a baiana de acarajé quando para vender na rua. No período colonial as mulheres, escravas ou libertas, preparavam acarajé e outras comidas e, à noite, com cestos ou tabuleiros na cabeça, saíam a vendê-los nas ruas de Salvador ou ofereciam aos santos e fiéis nas festas relacionadas ao candomblé. Hoje o ofício de baiana de acarajé é o meio de vida para muitas mulheres e uma profissão que sustenta muitas famílias.
O acarajé é feito com feijão fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em pedaços grandes e colocado de molho na água para soltar a casca. Após retirar toda a casca, ele é passado novamente no moinho, e desta vez deverá terminar em uma massa bem fina. A essa massa acrescenta-se cebola ralada e um pouco de sal.
O segredo para o acarajé ficar macio é o tempo que se bate a massa. Quando a massa está no ponta, fica com a aparência de espuma. Para fritar, use uma panela funda