Produção textual interdiciplinar
Por Beatriz Borges em 09/04/2013 na edição 741
Com redações cada vez mais enxutas, os meios de comunicação encontram no freelancer a figura perfeita para suas necessidades. Aquele que produz textos por encomenda, envia propostas de pautas por e-mail aos editores e manda fotos pelo celular desde o local dos fatos terá uma plataforma global para vender seus conteúdos. Por um lado, a ausência do vínculo empregatício gera maior instabilidade na vida do profissional; por outro, a informação é veiculada sem a sombra de interesses de terceiros.
De um modo geral, a atuação do jornalista como freelancer é uma possibilidade do ofício – neste caso, vista como uma tendência. A seguir, uma entrevista com o jornalista australiano Rakhal Ebeli, de 31 anos, criador do Newsmodo, uma espécie de agência de notícias que faz a intermediação entre jornalistas freelancers e empresas de mídia jornalística.
Por que você acredita que os jornalistas se interessarão pela sua plataforma?
Rakhal Ebeli – A primeira razão para se interessar é que monetizamos o trabalho dele, ele estará vendendo seu trabalho num mercado seguro e confortável, com várias possibilidades de licença (exclusiva, extensiva). Criamos valor de conteúdo e trabalho, um modelo de abastecimento de notícias. Se você é jornalista imagino que tenha individualmente alguns clientes para vender seu trabalho. A ideia do Newsmodo é que você o venda para o mundo inteiro e para vários tipos de mídias. Queremos, ao mesmo tempo, preservar os direitos dos jornalistas e defender o que é importante para ele – aproximar os compradores de notícias aos produtores de notícias. O que vemos hoje em dia é que se você não faz algo grátis, outra pessoa o fará, perdendo a dignidade da própria matéria produzida e de toda a categoria. Nós defendemos a qualidade e o profissionalismo acima de tudo. Proximamente iniciaremos uma viagem pela Europa para apresentar a plataforma aos meios de comunicação e empresas que