Produção empurrada e produção puxada
A Produção Empurrada
O modelo de produção empurrada não entende o fluxo contínuo de produção como algo importante para o processo. Neste sistema onde o fluxo dos materiais não é relevante, a produção acontece de forma isolada em cada máquina. Os operadores recebem uma lista do que deve ser produzido durante o dia, realizam a produção e “empurram” as peças para a etapa seguinte do processo. Quem controla o que, quanto e quando deve ser produzido é o planejamento de produção, com base no MRP.
Os lead times deste tipo de produção precisam ser conhecidos antecipadamente, uma vez que as quantidades produzidas sem o conhecimento da real demanda dependerão dos materiais fornecidos. A produção empurrada é conhecida como um sistema de inventário zero, mesmo isto não sendo um fato real.
O Ambiente que Originou a Produção Empurrada
A produção empurrada, desenvolvida em 1974 por Joseph Orlicky na IBM, utiliza-se da técnica de Planejamento das Necessidades de Materiais (MRP).
O método foi desenvolvido no início da era industrial, considerando um ambiente muito peculiar àquela época. Com demanda de mercado praticamente infinita e competição inexistente, os custos não determinavam o lucro da empresa. O preço fazia o lucro (Preço = Custo + Lucro). A qualidade não era importante e o volume de produção era a única preocupação.
A Produção Puxada
No modelo de produção puxada, a forma como ocorre o fluxo de materiais ganha muita importância. As etapas do processo só produzem se houver consumo do cliente, e a definição de qual peça, quando e quanto fizer é dada pela quantidade de produtos no estoque. Cada processo “puxa” as peças do processo anterior, eliminando a necessidade de programação de cada etapa do processo através de um sistema de MRP. A necessidade de produção é dada pelo nível do estoque.
A produção puxada surgiu em um cenário onde a qualidade começou a determinar a compra de um produto e a