Produção de Lã

PRODUÇÃO DE LÃ
Os ovinos, por serem ruminantes, são hábeis em transformar fibras vegetais em proteína animal. Assim, respeitando algumas condições, o ovino pode ser criado, em quase sua totalidade, em regime de pasto, desde que em piquetes compostos por gramíneas bem cuidadas e de boa qualidade.
As ovelhas e os carneiros podem permanecer o ano todo no pasto, 24 horas por dia, se não houver problema de pragas na propriedade. É importante, porém, disporem de água pura em abundância, sal mineral, além de sombra, que é fundamental para a boa eficiência reprodutiva do rebanho.
O pasto deve ser formado com gramíneas de hábitos de crescimento prostrado ou decumbente, que recubram bem o solo, evitando áreas descobertas que possam sujar a lã com terra ou poças de água. Tais gramíneas, devido ao seu menor porte, facilitam o controle dos vermes gastrointestinais, pelo arejamento e insolação dos substratos inferiores das pastagens.
O solo do pasto deve ser bem drenado, pois a umidade faz com que aumente a predisposição das ovelhas a problemas de cascos e a infestações de vermes. Recomenda-se que os pastos tenham alguma declividade, para que as águas pluviais possam escoar bem, cuidado que se estende aos locais dos bebedouros.
Os ovinos criados para a produção de lã devem ser tosquiados com um intervalo de um ano. Um período maior entre elas pode proporcionar uma lã de maior comprimento e um maior rendimento ou volume. Entretanto, essa prática não compensa, porque a qualidade se torna inferior, devido a alterações no velo e nas próprias fibras, diminuindo o seu valor comercial.
Ela é feita, em geral, com o emprego de aparelhos elétricos, como as cortadeiras ou tosquiadeiras, sendo considerada a mais importante operação na ovinocultura, pois é ela que costuma apresentar os melhores resultados obtidos na criação de ovinos. A tosquia é um elemento de grande valor para a seleção dos ovinos, pois é ela que indica a qualidade e o volume da lã por