Produtos de um holocausto
Antes do início da guerra, o maior sucesso da Coca-Cola no exterior era na Alemanha. Recordes de vendas eram alcançados todos os anos. Por exemplo, em 1939, já existiam 43 fábricas de engarrafamento e mais de 600 distribuidores locais. A filial alemã da Coca-Cola Company era dirigirida por um americano chamado Ray Powers. Morreu num acidente de viação em 1938 e foi substituído pelo alemão Max Keith. Como novo CEO, todas as operações da Coca-Cola Company na Alemanha e países ocupados foram confinadas a Keith. Durante o início da guerra, Keith foi capaz de manter o contacto com a sede da The Coca-Cola Company em Atlanta através da Suíça. Mas em 1941 deixou de ser capaz de receber o xarope de Coca-Cola da América, e, portanto, incapaz de continuar a fabricar Coca-Cola. Com o objetivo de manter a produção nas fabrica, a solução de Keith foi inventar uma nova bebida. Foi feita com o que estava disponível no momento, ou seja, coisas que sobravam de outras indústrias de alimentos. Soro de leite, que era um subproduto da produção de queijo e a fibra de maçã que sobrava de prensas de cidra. Uma variedade de derivados de outras frutas foi adicionada, dependendo do que estava disponível no momento. Isso levou a muitas variações no sabor que mais tarde se tornaram os diferentes sabores de Fanta comercializados. Este novo refrigerante foi adoçado com açúcar de beterraba.
Como CEO, Keith realizou um concurso para nomear a sua nova criação. Ele instruiu os seus funcionários a soltar a sua "Fantasie" ("imaginação" em alemão). Um vendedor, Joe Knipp imediatamente deixou escapar "Fanta"! O novo refrigerante não foi só um sucesso suficiente para manter as plantas de engarrafamento abertas e as pessoas que aí trabalhavam durante a guerra, mas também permitiu que Fanta se tornasse o refrigerante favorito na Europa. Em 1943, havia 3 milhões de caixas de Fanta vendidas na Alemanha e nos países ocupados. Evidentemente, nem toda a quantidade era comprada para