Proclamaçao da Republica
O Império do Brasil foi escravista. Todas as principais atividades produtivas do país contavam, essencialmente, com trabalhadores escravos. Os escravos não eram considerados cidadãos, mas sim propriedade privada, podendo ser comprados, vendidos, castigados.
Ser cidadão brasileiro, no Império, significava ser homem livre, já que escravos eram considerados posses ou pertences. Só homens livres eram reconhecidos como brasileiros. Só os mais poderosos, que possuíam terras e escravos, exerciam cargo público. A sociedade era dominada pelos proprietários de escravos.
Trabalho significava afazeres de escravos. Era encarada antes como uma atividade inferior do que como algo positivo, e mal-visto pelos homens livres, cidadãos brasileiros.
O Imperador D. Pedro II reinou de 1840 a 1889.
A CRISE DO ESCRAVISMO.
Assim como os escravos, naturalmente, muitos homens livres discordavam da escravidão. Achavam que o trabalho deveria ser remunerado e que escravos mereciam ter reconhecidos os seus direitos humanos. O movimento abolicionista, conjugado com pressões de outros países, acabou conquistando a abolição da escravatura em 1888.
Com a abolição, antigos escravos passaram a ser considerados brasileiros. Mas muitos proprietários de terras, como os cafeicultores paulistas, já quase não usavam, mesmo antes de 1888, a mão-de-obra escrava: imigrantes europeus trabalhavam já nas plantações de café como colonos livres.
Embora responsáveis pela produção agrícola mais importante do país, os cafeicultores não detinham um poder político correspondente à importância econômica do café. Os cafeicultores começaram então a pensar em um projeto político próprio, baseado na mão-de-obra livre, que lhes garantisse o poder. Esse projeto foi