PROCISSÃO DE ENTRADA
Inicia-se a missa com a procissão de entrada. O documento 43 da CNBB, sobre a animação da vida litúrgica no Brasil, lembra que “há possibilidade de uma grande variedade nesta procissão. O Missal Romano prevê, se oportuno, o uso de cruz processional acompanhada de velas acesas, turíbulo já aceso, livro dos Evangelhos ou Lecionário. Outras circunstâncias poderão sugerir novos elementos como círio pascal, água benta, bandeira do padroeiro numa festa de santo, ramos, cartazes com dizeres, participação de representantes da comunidade (adultos, jovens, crianças)”.
Nos primórdios da Igreja a procissão de entrada era muito solene. Era feita, quase sempre, de uma igreja para outra. Com o tempo o presidente da celebração passou a se paramentar diante do altar. Hoje, com a reforma litúrgica, prescrita pelo Concílio Vaticano II, recuperou-se o valor desta procissão. Em alguns lugares, voltou-se a fazer, inclusive, a procissão de uma igreja para a outra, principalmente no período da Quaresma.
O sentido desta procissão deve ser buscado no contexto mais amplo da caminhada que as pessoas fazem de suas casas até a igreja. Ela lembra que somos peregrinos neste mundo a caminho da casa de Pai.
A procissão deve ser feita com muita consciência e cuidado, pois não é um simples símbolo, mas contém uma realidade muito profunda. “Caminhando para o altar, dirigimo-nos para o Cordeiro, que no altar está vivo e triunfante (Ap 5,6). É toda a realidade; é a Igreja particularmente que se torna comunidade peregrina, desejando finalizar-se em Deus”.
“Executado o canto de entrada, o sacerdote, de pé junto à cadeira, junto com toda a assembleia faz o sinal da cruz” (IGMR).
Provavelmente o sinal da cruz foi prática muito comum entre os primeiros cristãos, pois é uma espécie de resumo da fé. Santo Agostinho e São Jerônimo relatam que os cristãos de seu tempo o traçavam na fronte, sobre os lábios e sobre o peito. O uso de iniciar a missa com o sinal da cruz, já se encontra