PROCESSOS EM RESERVATÓRIOS E LAGOS
CAPÍTULO 6: PROCESSOS EM RESERVATÓRIOS E
LAGOS
Este capítulo tem por objetivo apresentar os conceitos da análise e modelação de qualidade das águas em lagos e reservatórios estuários
1 INTRODUÇÃO
A análise e a modelação do decaimento e mistura de poluentes nos ambientes aquáticos é diferente daquelas feitas para os rios, estuários e mesmo o mar, apesar dos usos da água serem basicamente os mesmos, como abastecimento de água, recreação e laser, geração de energia e transporte e navegação.
James (1992) destaca as principais diferenças:
a) lagos e reservatórios raramente recebem grandes descargas de matéria orgânica a ponto de causarem problemas sérios de depleção de oxigênio b) lagos e reservatórios tem tempo de detenção muito maior do que rios e estuários, o que permite que as algas sejam dominantes e sensíveis aos nutrientes inorgânicos
c) o tempo de resposta dos lagos e reservatórios à poluição é muito maior do que o dos rios
d) as principais variações nos indicadores de qualidade das águas se dão na vertical
Os principais agentes de deterioração da qualidade das águas armazenadas em lagos e reservatórios, a partir dos elementos orgânicos e inorgânicos conservados na área inundada (caso dos reservatórios) ou introduzidos durante e após a inundação são:
a) Carreamento de nutrientes das habitações pelos esgotos e do solo agrícola pelas enxurradas, respectivamente (em especial o fósforo, nitrogênio e carbono);
a.
b) Transporte de sedimentos da bacia de drenagem (areia, silte e argila) e decomposição da matéria orgânica de plantas e animais (algas, plâncton, etc.) existentes no próprio lago/reservatório; e
c) Introdução de produtos tóxicos
Figura 1-1: Agentes de alteração da
(pesticidas e metais pesados), qualidade de lagos e reservatórios organolépticos (clorofenóis) e seres patogênicos, pelo ar, pelos esgotos e pela chuva (ácido sulfúrico, mercúrio, etc.).