ORGANISMOS EM AMBIENTES AQUÁTICOS: FITOPLÂNCTON E RESERVATÓRIOS

RESUMO
A construção de barragens e reservatórios tem um grande impacto no meio ambiente, influenciando diretamente o equilíbrio da comunidade existente no local. Devido à semelhança, reservatórios são da mesma forma que lagos pela limnologia, ciência que estuda ambientes aquáticos de águas interiores (STRASKRABA e TUNDISI, 2000).
Reservatórios podem ter diversas funções, do lazer ao abastecimento de grandes cidades, e são ambientes ricos em diversidade de microrganismos, como algas e cianobactérias. Por se tratarem de ambientes artificiais, apresentam características distintas, como uma organização vertical e horizontal orientada por fatores bióticos e abióticos. Fatores como luz, temperatura, acidez, Ph e disponibilidade de nutrientes, além de determinar as características da água, determinam interferem na diversidade e no crescimento dos microrganismos (RIBEIRO, 2006).
Segundo Esteves (1998), o fitoplâncton é um desses microrganismos que compõem uma comunidade de reservatório. Estes organismos fotossintetizantes vivem flutuando sobre a coluna d’água e compõem um dos mais abundantes grupos de indivíduos em ambientes lacustres. O estudo do fitoplâncton vem ganhando crescente importância, pois já se sabe que eles funcionam como ótimos indicadores da qualidade da água. A coleta deste espécime exige materiais e técnicas específicas. Instrumentos como a garrafa de Van Dorn e o Disco de Secchi garantem a precisão da coleta, enquanto fixadores, como o lugol e formol, garantem a preservação do material coletado para análise posterior (CETESB, 2005).
A construção de barragens também pode gerar impactos negativos, tanto socioeconomicamente, quando ambientalmente. As populações vizinhas às barragens são fortemente impactadas, assim como plantas e animais cujo habitat é alagado para a construção (VELOSA, 2009).
Reservatórios também apresentam variação sazonal, tendo características divergentes no verão e inverno. Essas