Processo Industrial Alemão
1.1 Processo Industrial Alemão:
O processo de industrialização alemão apresenta uma grande via de peculiaridades que foram fundamentais para a estrutura apresentada nos dias atuais da indústria alemã. É importante salientar que embora o processo industrial alemão tenha sido tardio, a Alemanha pré-industrial não se caracterizava pelo subdesenvolvimento. Portos, cidades comerciais e bancos alemães eram fortes atores na economia européia. A contribuição alemã para as ciências para a literatura e para a música era de grande magnitude. Também os alemães foram os que formularam as exigências da Reforma Protestante, que ajudara na autonomia dos Estados frente à Igreja Católica. Tal industrialização tardia pode ser considerada por seu sistema político descentralizado e, sobretudo à existência (e persistência) de relações de caráter feudal e semifeudal (servidão) em suas regiões de maiores riquezas potencial. A indústria alemã é fortemente caracterizada por conglomerados, monopólios e oligopólios que são facilmente explicados pela política realizada pela Prússia Cameralista e também pelo I Reich (Império), de intervenção em prol de cartéis e de altas barreiras protecionistas.
Uma das principais razões para o rápido avanço da indústria alemã foram fatores que a diferenciavam das demais indústrias européias entre eles o alto grau de instrução da classe trabalhadora. Tal nível de educação foi fundamental para o desenvolvimento de tecnologias eficientes e o alto nível de inovação apresentado por todos os setores. Outra grande razão para o sucesso alemão foi a articulação financeira entre os seus bancos indústrias, tanto privados quanto bancos de fomento públicos. Os cartéis permitiam que bancos e indústrias tivessem sempre o retorno desejado com os investimentos, o que incentivava cada vez mais a expansão industrial e tecnológica. Por fim, a política de "potência de bem-estar" realizada pelo Estado, aperfeiçoada por Bismarck.