Processo de Usinagem com ferramenta de geometria definida.

Ao se iniciar o processo de corte, o gume da cunha da ferramenta começa a penetrar o material da peça, que acaba se deformando elástica e plastificamente. Depois de ultrapassar a tensão de cisalhamento máxima do material, o mesmo começa a escoar. Em dependência da geometria da cunha de corte, o material deformado passa a formar um cavaco que desliza sobre a face da cunha de corte da ferramenta.
Elevadas taxas de deformação e temperatura são envolvidas na formação do cavaco no processo de usinagem. Tensões locais nas ferramentas, distribuições de temperaturas na interface (cavaco - ferramenta) são causadas pelo fluxo plástico do material e isso acaba determinando as condiçoes do material da peça após o cavaco ser removido.
Essas quantidades locais servem para determinar as forças globais na estrutura da máquina-ferramenta, que resulta na suas deformações estáticas e dinâmicas. Também determinam a taxa de fenômenos físico-químicos que comandam desgaste de ferramenta, como exemplo, as reações químicas, desgastes abusivos e difusão.
Também determinam a potência que deve ser usada para efeito de remoção de material e assim acabam afetando na quantidade de calor produzida por diversos componentes influentes do sistema. Os termos e designação da geometria da cunha são normalizados pelas normas DIN6581 e ISO 3002/01
Na figura 1 abaixo, temos uma ferramenta de torneamento explicitando superfícies, gumes, chanfros e quinas.

A geometria da ferramenta deve ser adaptada ao material da pela, ao material da ferramenta e ás condições especifícas do processos, pois em todos os processos de usinagem com remoção de cavaco, formação de cavaco, saída de cavaco, força de corte desgaste da ferramenta e resultado do trabalho são bastante influenciados pela geometria da ferramenta.