Processo de urbanização no Brasil
A economia cafeeira fomentou o surto de industrialização e ampliou as relações comerciais entre diversas e distintas regiões do país. Esse fato acentuou tantos as migrações internacionais quanto as nacionais, que eram conduzidas para os estados de São Paulo e Rio de janeiro, onde havia maior expansão econômica. Diante esse quadro, o processo de urbanização no Brasil apresentou uma velocidade superior à dos países capitalistas mais avançados. O desequilíbrio econômico que se instaurava no país intensificou o fluxo migratório rural-urbano e a expansão das migrações internas, o que explica a maior parte do crescimento demográfico urbano. Essa transformação acelerada resultou na simultaneidade da urbanização com a metropolização, criando um tendente crescimento dos municípios periféricos em relação as capitais.
Regular a distribuição espacial e social da população foi o objetivo do planejamento e criação de Belo Horizonte, no entanto, o capital imobiliário aliado à expansão urbana culminou na segregação da população mais pobre, além da invasão aos municípios vizinhos metropolizando essa segregação. Além disso, observa-se a intensificação do processo de regionalização da economia, a qual auxilia na facilidade da aglomeração econômica promovendo o deslocamento das atividades das capitais para os outros municípios. Essa redistribuição espacial da economia proporciona uma intensa migração.
O crescimento populacional passou a ser comandado pela região metropolitana e não mais pela capital, visto que a redução dessa taxa deve-se à emigração para o