Processo de ocupação da região noroeste fluminense
A colonização do Noroeste do Estado do Rio de Janeiro teve início logo após o descobrimento do Brasil com o surgimento dos primeiros povoados as margens dos Rios que cortam a região e a primeira atividade econômica desenvolvida provavelmente foi o cultivo da cana-de-açúcar.
As atividades humanas no Noroeste Fluminense são de longa data, sabe-se que os indígenas que habitavam a região utilizavam da caça e pesca e de certa forma já interferiam no meio ambiente. Evidentemente que de uma forma bem menos significativa se comparada com a situação atual e talvez não tenham provocado desequilíbrios tão significantes.
Com a colonização a primeira vila a surgir na Região Noroeste foi Porto Alegre as margens do rio Muriaé, hoje chamada Itaperuna. Com o passar dos séculos a expansão populacional foi inevitável e o impacto das interferências das atividades humanas sobre o meio ambiente aumentaram de forma proporcional. A agricultura de subsistência aos poucos foi substituída pela agricultura comercial primeiramente da cana-de-açúcar, além da criação de gado e, posteriormente, por volta do século XIX pelo cultivo do café. Nessa época foram implantadas as ferrovias e a colonização teve um grande avanço, naturalmente, o meio ambiente sofreu um gigantesco impacto. Nas áreas próximas dos rios as lavouras prosperaram, a Mata ciliar foi quase completamente destruída e a Mata Atlântica do Noroeste Fluminense que possui muitas árvores com característica caduciforme (perdem as folhas no inverno seco) foi fragmentada ficando restrita as partes mais altas e encostas de difícil acesso.
A crise do café no início do século XX culminou com o fim do ciclo do café e os fazendeiros da região optaram por concentrar na criação de gado para produção de carne e leite. O foco na pecuária comercial continuou pressionando a destruição da Mata para abertura de novas áreas de pastagens para o gado. A estratégia foi simplesmente deixar os bois penetrarem