Processo cria
Um estudo sobre a Bauhaus e a teoria de Goethe
Lilian Ried Miller Barros
A cor representa uma ferramenta poderosa para a transmissão de idéias, atmosferas e emoções, e pode captar a atenção do público de forma forte e direta.
A cor é um elemento criativo, estudar a cor envolve desde a composição química dos pigmentos, os estudos da física da luz e da fisiologia do nosso aparelho visual até as questões psicológicas da sua interpretação e assimilação.
Alguns imaginam que combinar as cores seja uma questão de estudar certas regras básicas e objetivas.
A Bauhaus, escola alemã, realizou uma verdadeira modernização no ensino artístico, as abordagens dos mestres da cor da Bauhaus acabaram revelando a influência de um estudo ainda mais antigo; a Doutrina das cores de Johann Wolfgang von Goethe (1810).
Os mestres da Bauhaus, com a sua sensibilidade artística, procuraram encontrar na interpretação das formas e das cores os símbolos universais da comunicação visual. Klee viu na cor um processo continuo de transformação, para Kandinsky, ela é o canal para a expressão de uma realidade interior.
Quando a cor começa a adquirir autonomia na pintura, os mestres da cor na Bauhaus buscaram referências no livro de Goethe, publicado em 1810 representa um ponto de partida para todo o aprofundamento do estudo das cores, as associações psicológicas da percepção visual e as qualidades estéticas das cores.
A escola Bauhaus
A Bauhaus surge no início do séc. XX como resultado da fusão da Academia de Belas Artes de Welmar com uma escola de artes e ofícios a Kunstgewerbeschule, a Bauhaus desenvolveu um programa de ensino avançado, que pretendia sintonizar-se com as perspectivas de desenvolvimento social, econômico e tecnológico de sua época, sem perder de vista o fator qualotativo que envolve os processos criativos.
Essa democratização da arte, requeria completa modificação na formação do artista, o objetivo era integrar a arte, artesanato, desenho