Arte E Processos De Cria O I
Inicio essa disciplina com a proposta de trilharmos um caminho buscando compreender um pouco mais as artes visuais e seus processos de criação. Minha proposta é de ser uma incentivadora e mediadora de diálogos, cujos objetivos sejam alcançar à aquisição de certa consciência a respeito das artes visuais e seus diversos aspectos.
Para refletirmos sobre esses assuntos enfrentaremos alguns questionamentos: o que é arte, o que é objeto artístico ou objeto estético, o que é experiência estética, quais as relações da arte com a evolução humana, dentre muitos outros aspectos. Esses questionamentos, conceitos e problemas sendo tão variados podem parecer conhecimentos inacessíveis, porém o que acontece é que adentramos ao campo da estética, que é a disciplina filosófica que se ocupa dos problemas e teorias acerca da arte. A estética é o mesmo que filosofia da arte, ou seja, uma disciplina que visa ampliar a compreensão das condições e efeitos da criação artística.
Pareyson (1997, p.3), nos coloca que: “a reflexão filosófica é puramente especulativa e não normativa, isto é, dirige-se a definir conceitos e não estabelecer normas.” Dessa forma a estética não pretende estabelecer o que é arte, mas refletir sobre toda teoria que se refira à arte.
Sendo assim, a estética se refere aos problemas e argumentos acerca do objeto artístico ou objeto estético[1], que é o objeto que provoca no expectador uma experiência estética.
Mas então o que é uma experiência estética?
A experiência estética “é uma forma de conhecimento que se faz através dos sentidos, mas opera antes de atingir o nível da razão” (COSTELLA, 1997, p.80) Se tomarmos o significado da palavra “experiência” como a prática da vida, o uso, a prova, verificaremos que toda experiência é o fruto de uma integração de um ser vivo com o mundo em que vive sob algum aspecto. A vida em si é uma constante experiência, como nos diz Dewey (1974, p.247) “a interação da criatura