Pro Dia Nascer Feliz S Ntese
As primeiras escolas que aparecem no documentário são de uma cidade do interior de Pernambuco, que dispõem de estruturas físicas e organizacionais precárias, resultadas da mísera e má distribuída verba fornecida à escola, impossibilitando a construção e qualidade de ensino que é assegurada por lei (LDBEN/ LEI Nº 9.394 Art. 3º). Ainda nestes primeiros exemplos, é mostrada rara oferta de instituições que oferecem o ensino médio escolar, sendo assim, os alunos precisam se deslocar à kilômetros de distância, dependentes de transporte público que, na maioria das vezes, não funciona, impedindo o comparecimento dos alunos nas aulas. Estas deficiências ocasionam o desinteresse por parte dos alunos e consequentemente por parte dos professores, dos envolvidos no processo de escolarização e um descrédito por parte da população. Numa cidade onde a necessidade, muitas vezes, obriga pessoas a começarem a trabalhar ainda na infância a escola que seria a possibilidade de um futuro melhor, nessas condições insatisfatórias, acaba por se inutilizar e não atinge, ao mínimo, sua finalidade básica: a formação dos alunos.
Mais a frente, o longa metragem apresenta a escola de uma comunidade no Rio de Janeiro, à exemplo das grandes capitais, onde a maior problemática se dá pela triste realidade social dos jovens que convivem com a violência dentro e fora de casa, com a criminalidade e, em alguns casos, sem uma boa estrutura famíliar. A escola trava uma luta diária contra estas chagas sociais dentro e fora da instituição. Para jovens que transitam em meio a marginalidade, com uma desigualdade social que rouba a esperança de futuro e sem uma orientação de base, o caminho do crime se torna o mais fácil e