Prismas
Newton: O Garimpeiro da Luz
A exemplo do garimpeiro que separa do cascalho o ouro e as pedras preciosas, Newton realizou trabalho semelhante com seu prisma, decompondo a luz branca em suas sete cores (vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e violeta), denominadas espectro da luz solar.
As experiências que Newton realizou neste sentido são narradas por ele sobre sua descoberta da causa dos espectros da luz:
“No ano de 1666 obtive um prisma triangular de vidro, a fim de com ele tentar reproduzir os fenômenos das cores. De modo a poder realizar o experimento, havia escurecido meu quarto, feito em uma das folhas da janela em pequeno orifício que deixasse passar uma quantidade conveniente de raios do Sol, colocando o prisma na entrada da luz, de forma que esta pudesse ser refratada na parede oposta. Inicialmente, esse arranjo propiciou-me um divertimento agradável, dado pela contemplação das cores vivas e intensas produzidas dessa forma.
Eu vi ... que a luz na extremidade de uma das bordas da imagem sofria refração de maios magnitude do que na outra extremidade. Assim, a verdadeira explicação não podia ser outra senão a da existência de raios de luz diferentemente refratáveis, os quais era, de acordo com seus graus de refração, transmitidos a diferentes partes da parede.
prisma Então coloquei um outro prisma ... de modo que a luz ... pudesse passar através dele também, e ser refratada uma vez mais, antes de atingir a parede. Feito isto, tomando o primeiro prisma em minha mão, imprimi a ele movimentos lentos, alternadas, em torno de seu eixo, de maneira a permitir que as diferentes partes da imagem ... sucessivamente passassem através dele ... e eu pudesse observar em que lugares o segundo prisma refratava.