PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA NA VISÃO DE ROSA LUXEMBURGO
CIÊNCIAS ECONÔMICAS
MARCOS VINICIUS P. DE SOUZA
DEMANDA EFETIVA – ROSA LUXEMBURGO
Rosa Luxemburgo analisa o problema de Acumulação de Capital baseada nas teorias de Marx, para ela a questão central do problema é que: o esquema de reprodução ampliada mostra as condições materiais necessárias para que haja acumulação, mas essas condições não são suficientes, ou seja: falta demonstrar a existência de uma demanda crescente para absorver a produção crescente resultante da acumulação de capital.
Rosa Luxemburgo diz que para garantir que a acumulação de capital possa realmente ocorrer e a produção expandir, a demanda efetiva pelas mercadorias também tem que aumentar. E de onde deve vir essa demanda, que no esquema de Marx constitui da reprodução em escala sempre crescente?
Essa demanda não provém dos trabalhadores. Então a crescente demanda necessária para absorver a crescente, para sustentar o processo de reprodução ampliada, deve, portanto provir dos capitalistas. Porém Rosa Luxemburgo nega que essa seja a solução do problema. Para ela, de acordo com o esquema, os capitalistas utilizam a mais-valia para consumo e para acumulação de capital, com o crescimento da produção, aumenta a mais-valia destinada ao consumo dos capitalistas, porém esse consumo não absorve toda a mais-valia e seu crescimento não é suficiente para sustentar a reprodução. É preciso que haja demanda crescente, que possa realizar aquela parte da mais-valia que não é consumida nem acumulada pelos capitalistas. Assim a mais-valia pode ser dividida em três partes: uma parte e consumida pelos próprios capitalistas, enquanto consumidores individuais, uma segunda parte é investida, transformada em capital e Para Rosa Luxemburgo uma terceira parte, que deve ser realizada de outro modo, deve ser comprada por outras pessoas. Essa terceira parte da mais-valia seria a que justificaria a acumulação de capital.
Se a crescente demanda não provém dos trabalhadores nem dos