Principais mudanças ocorridas no estado brasileiro a partir da república velha até os dias atuais do ponto de vista social, econômico e político.
O período da história republicana brasileira, que vai de 1889 a 1930, costuma ser chamado de República Velha. Neste período, decretou-se o fim do voto censitário (baseado em renda), instituindo-se o voto para os brasileiros maiores de 21 anos. Entretanto, foram excluídos analfabetos, padres, soldados e mulheres.
Na República Velha, o número de eleitores cresceu, mas não chegou a ultrapassar, em média, 3% da população do país. Além disso, os eleitores não podiam votar de forma livre e democrática, pois o sistema eleitoral baseava-se no voto aberto, que possibilitava a violenta interferência dos chefes políticos. Entre eles destacavam-se os coronéis, cujo sistema de dominação ficou conhecido como coronelismo.
Durante a República Velha, a economia brasileira era fundamentalmente agrícola, e quase 70% da população ativa (1920) trabalhavam na agricultura, bem diferente do Brasil atual que tem uma economia diversificada, apresentando atividades nos setores agrícola, industrial e de serviços.
Na sociedade agrária da República Velha, os coronéis detinham o poder. Tinham em suas fazendas muitos empregados, que recebiam salários miseráveis. Para sobreviver, esses trabalhadores dependiam dos “favores” do coronel: dinheiro emprestado, auxílio para educar os filhos, socorro na hora da doença etc. E, em troca dos “favores”, o coronel exigia, por exemplo, que as pessoas votassem nos candidatos políticos por ele indicados. Quem se negasse a votar no candidato do coronel perdia seus “favores” e, às vezes, ficava sujeito à violência dos jagunços ou capangas que trabalhavam para o coronel.
Cumprindo ordens do coronel, esses trabalhadores controlavam o voto do eleitor, uma vez que o voto era aberto. O voto dado sob pressão ficou conhecido como voto de cabresto.
Além do supracitado, foi idealizado, neste período, o sistema de alianças