- Principais mudanças na fonética/fonología ocorridas na língua inglesa
O Inglês antigo não era uma única língua, mas uma variedade de dialetos, falados nos sete reinos Anglo-saxões. Em relação ao inglês atual, é idioma pouco reconhecido, tanto na pronúncia, quanto no vocabulário e na gramática. No entanto, a correlação entre a pronúncia e a ortografia era muito mais próxima do que no inglês moderno. No gramatical, as diferenças são substânciais, os substantivos declinam e tem gênero (masculino, feminino e neutro) e os verbos são conjugados. “Para um falante nativo do Inglês hoje, das 54 palavras do Pai Nosso em Old English, menos de 15% são reconhecíveis na escrita, e provavelmente nada seria reconhecido ao ser pronunciado. (Ricardo Schutz)”
O Inglês médio foi marcado pela forte influência francesa. A fusão da cultura franco-normanda na nação anglo-saxônica durou três séculos e resultou num enriquecimento de vocabulário na língua inglesa sem afetar a pronúncia e a estrutura gramatical. O Inglês médio só foi modificado pela neutralização e perda das vogais atônicas em final de palavras e pelo início do Great Vowel Shift (mudança da pronúnica das vogais do inglês). Antes do século XV e XVI, o inglês parecia com os demais idiomas do ocidente europeu. Nesses séculos, houve mudanças na pronúncia das vogais e algumas passaram a ficar mudas. Portanto, a falta de correlação entre ortografia e pronúncia no inglês moderno é, em parte, conseqüência desta mudança ocorrida no séc. XV.
O Inglês médio tinha vários dialétos. Já o moderno (depois do 1500 D.C.) foi padronizado e unificado segundo o dialéto de Londres, depois da criação da imprensa e do sistema postal. A ortografia unificada coincidiu com as já referidas mudanças na pronúncia das vogais, as quais não foram acompanhadas de refórmas ortográficas. Também surgiu na época, trabalhos descrevendo a estrutura gramatical do inglês, que influenciaram o uso