Primordios da civilização
As evidências indicam que possivelmente durante o neolítico, os habitantes do subcontinente foram assimilados pelas tribos invasoras drávidas, que provavelmente vieram do oeste. Segundo os descobrimentos arqueológicos do vale do Indo, a civilização desenvolvida pelos drávidas é comparável em esplendor às civilizações da antiga Mesopotâmia e do Egito.
Até meados do III milênio a.C., a Índia drávida sofreu a primeira de uma série de invasões de tribos, do grupo lingüístico indo-europeu, conhecidas como indoarianas.
A china imperial
Quando, em 960, Taizu, o primeiro imperador da dinastia dos Song, procedia à reunificação da China depois dum breve período de desunião, talvez relacionado com a invenção da pólvora, um dos soberanos regionais pediu a independência. Sem um momento de hesitação, o imperador perguntou: «O que fez o teu povo de mal para ser excluído do Império?» Era inconcebível a ideia de uma qualquer província pretender isolar-se: as fronteiras imperiais abarcavam a Grécia e a Roma da Ásia oriental, a China era o mundo civilizado.
Não era diferente a convicção alimentada pelo letrado e falhado reformador Kang Youwei, que, quando já se estava em 1908, ainda acalentava a esperança de ser possível a recuperação nacional sob o domínio da periclitante dinastia dos Qing. O que o fez mudar de idéias foi o assassinato, nesse mesmo ano, de Guanxu, o imperador, de quem ele tinha sido conselheiro durante os abortados Cem Dias de Reforma, em 1898. Muito embora o desespero de Kang Youwei tenha significado um ponto de viragem nas atitudes dos Chineses em relação ao sistema imperial de governo, nem por isso representou qualquer abandono da confiança na importância central da civilização em si. Por muito traumatizante que tenha sido o colapso da China nos finais do século xix, princípios do século xx, quando nas nações estrangeiras vinha ao de cima em plena força o impacte da tecnologia moderna, poucos foram os chineses que