Primeiro e Segundo Reinado Brasileiro
O Primeiro Reinado começa em 1822 após a independência do Brasil e já traz consigo as consequências de uma colônia recém independente: problemas econômicos. Por ter uma população majoritariamente escrava, o Brasil não possuía um mercado consumidor interno expressivo e dependia basicamente de suas exportações para se sustentar. Com a diminuição dos seus produtos exportáveis o país enfrentou um de seus primeiros obstáculos como um país “livre”.
Forma-se o Estado Nacional Brasileiro com a intenção de unificação e manutenção do território. Também pretende-se criar um sentimento de pertencimento entre o povo e essa nova nação, já que havia um temor das elites de que o Brasil se fragmentasse porque não havia o sentimento de nacionalismo entre seu povo, somente o regionalismo. Como uma tentativa criam-se símbolos nacionais, como hino e heróis.
Em 1824, após Dom Pedro ter descoberto que foi usado pelas elites do sudeste dentro do projeto para independência como escudo contra a possibilidade de invasão dos portugueses, ele anula a constituição feita pelos deputados (elites) com inspirações iluministas e outorga uma nova em que o legislativo está acima do judiciário e executivo, ou seja, ele estaria acima de todos, como um moderador. As elites ficam extremamente contrárias a D. Pedro. As mais revoltosas foram a do nordeste, lideradas por Pernambuco, que indignadas com a atitude do Imperador estouram a Conferência do Equador querendo a sua independência e o federalismo. Com a pressão e empréstimos da Inglaterra o governo de D. Pedro I contrata tropas mercenárias para acabar com a guerra.
Ainda em 1824 começa a disputa pela Independência do Uruguai entre Argentina, Brasil e Espanha. A maioria da população não apoiava essa guerra, mas o financiamento dela pela Inglaterra fez com que o Imperador prosseguisse com seus caprichos. Depois de dois anos de lutas a Inglaterra resolve intervir “diplomaticamente” e reconhece o Uruguai como uma nação.