Primeiro Reinado

Primeiro Reinado
A história do Primeiro Reinado foi marcada por fatos importantes para a política brasileira, como a Assembleia Constituinte (1823), a Constituição de 1824, a Confederação do Equador (1824), a Guerra da Cisplatina, em 1825, e a abdicação de D. Pedro I (1831).

A ASSEMBLEIA CONSTITUINTE
Ainda como príncipe regente, D. Pedro I fez uma convocação para uma Assembleia Constituinte, no dia 3 de junho de 1822. A ideia de um projeto constituinte partiu de Antônio Carlos de Andrada e Silva. Ficou estabelecido que só teria direito ao voto quem possuísse uma renda anual equivalente a 150 alqueires de farinha de mandioca. A Constituição da Mandioca, como ficou conhecida, demostrou o poder e o interesse da elite agrária, através do voto censitário, com base na quantidade de terra e na quantidade de mandioca plantada. Nesse período, dois grupos disputavam o poder nesse período: o partido português e o partido brasileiro. O partido português reivindicava poderes absolutos para D. Pedro I; e o partido brasileiro queria a submissão do monarca ao parlamento. José Bonifácio, ministro do Império, tentou conciliar o interesse dos dois partidos.
A divisão dos poderes executivo, legislativo e judiciário constou no projeto da constituição. Isso contrariou as pretensões centralizadoras de D. Pedro I
Baseado nesse choque de interesses, o monarca demitiu o ministro José Bonifácio e deu um golpe no dia 12 de novembro de 1823, apoiado pelos militares, dissociando a Assembleia Constituinte. Esse acontecimento ficou conhecido na história do Brasil como a Noite da Agonia.

A Constituição de 1824
D. Pedro I formou um Conselho de Estado composto por dez membros e presidido por sua própria figura. Esse grupo de apoiadores do rei foi responsável por discutir e elaborar a primeira Constituição do Brasil, outorgada no dia 25 de março de 1824. A Constituição de 1824 empreendeu a divisão de poderes políticos entre Legislativo, Executivo e Judiciário. Também instituiu a criação do