Primeiras cidades
Por volta de 6.000 a.C., alguns grupos humanos descobriram a técnica de produção de cerâmica pelo aquecimento da argila. Na mesma época aprenderam a converter fibras naturais em fios e estes em tecidos. Aos poucos começaram a trabalhar com metais para produzir instrumentos. Os indivíduos que trabalhavam com cerâmica, metais e tecelagens tornaram-se artesãos. Eram os primeiros sinais de mais uma divisão social do trabalho (antes apenas entre homens e mulheres). A diversidade na produção, a especialização do trabalho e as novas funções na sociedade contribuíram para que algumas comunidades de agricultores se transformassem em vilas e cidades, constituindo o que alguns historiadores chamaram de Revolução Urbana.
A sedentarização, causada pela agricultura, provocou verdadeira revolução no modo de vida da humanidade. Um dos acontecimentos mais importantes relacionados a isso foi o desenvolvimento das vilas e cidades.
Em geral, as vilas desenvolveram-se em regiões onde os solos eram férteis e propícios à agricultura. Elas tinham inúmeras funções. Na América, por exemplo, estavam associadas a cultos religiosos, mas podiam também servir de abrigo para artesãos e de espaço de troca de produtos. Dessa forma, o surgimento das vilas e cidades facilitou a prática do comércio e o desenvolvimento de novas técnicas, como a olaria (fabricação de peças de barro) e da metalúrgica (fabricação de peças de metais).
Assim, percebe-se que o processo de consolidação das vilas está associado ao aumento da organização social. Em outras palavras, está relacionado com a prática da religião e do comércio, com o aumento da população e com a diversificação das atividades produtivas.