Primeira parte discurso do metodo
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Primeira parteNa primeira parte do Discurso do Método Descartes comunica ao leitor opropósito desta obra que, escrita no século XVII causaria tão grandeimpacto sobre o pensamento filosófico e cientifico da modernidade. O seudiscurso é fruto da intenção de apresentar o método que empreendera paraconduzir a sua razão em busca do que é verdadeiro. A razão é entendidacomo o “poder de julgar de forma e discernir entre o verdadeiro e o falso”,sendo a única coisa que nos torna de fato humanos, diferenciando-nos dosanimais. Justamente por isto, Descartes considera que esta faculdade dediscernimento é a coisa mais bem distribuída no mundo – o bom senso, queacreditamos ter em justa medida, sem desejar mais ou menos do que jápossuímos, sendo igual entre todos os homensAo relatar os percursos de sua instrução pelas letras, matemática, ciências,considera que em meio à busca pelo conhecimento seguro acerca domundo, surgiram as duvidas e as confusões diante do reconhecimento daprópria ignorância. Ate mesmo diante dos caminhos que levam ao céu,indicados pela teologia, reconheceria os limites da razoabilidade – seriapreciso ser estar alem da condição humana, receber ajuda divina, paraalcançar as verdades que conduziam ao divino. Assim, homens instruídos eignorantes desfrutavam de uma mesma posição frente a possibilidade deconhecer tais verdades, ao contrario do que se poderia pensar – a condiçãoda erudição e do estudo não aproximariam por si só o homem da verdadedivina.Esta mesma situação aparece na consideração que descartes faz a respeitoda eloqüência e da poesia: dons do espírito. Esta atribuição é exemplificadapelos homens cujos pensamentos organizados e inteligíveis prescindem doestudo da retórica. Ou por aqueles, que tendo suas exposições rebuscadaspelos efeitos da fala desfrutavam do dom da poesia, sem que, no entantoconhecessem a arte poética.Assim, a erudição já não fornece a segurança para o discernimento doverdadeiro e do falso, visto que homens de estudos possuem