Primavera árabe
Na tentativa desesperada de evitar, que se formasse uma nova base de influência não árabe na região, sete países independentes resolveram reunir-se em 1944, em Alexandria, e um ano depois, no Cairo, para discutir medidas a serem tomadas.
A 22 de março de 1945, então, os representantes da Síria, Egito, Líbano, Transjordânia, Iraque, Arábia Saudita e Iêmen anunciaram a criação de um "pacto de solidariedade". Outros países seriam convidados a integrar a aliança, assim que conquistassem sua independência.
O grupo, entretanto, enfrentou divergências internas. A Síria e o Iraque defendiam a formação de uma unidade política. A Síria, por sua vez, ainda não via no Líbano uma nação soberana, enquanto os libaneses brigavam entre si pela conquista do poder. Já a Arábia Saudita e o Iêmen tinham muitas afinidades, mas desenvolveram características próprias que os distanciaram entre si.
Embora a Palestina ainda não possuísse representação política oficial árabe, enviou um representante para a assinatura do pacto de criação da Liga Árabe. Seu objetivo era a cooperação pan-árabe nos setores comercial, cultural, educacional e da saúde. Apesar de criticar duramente a criação de Israel, a Liga não conseguiu evitá-la. Nem resolveu seus problemas internos.
O Egito, por exemplo, foi expulso da aliança em 1979, depois que assinou o acordo de paz com Israel em Camp David. A partir daí, a organização transferiu sua sede do Cairo para a Tunísia. Somente alguns anos mais tarde, com a reconciliação, retornaria à capital egípcia. A impotência da Liga ficou clara no conflito do Golfo Pérsico. Sem consultas prévias, Bagdá marchou sobre o Kuwait em 1990 e uma aliança liderada pelos Estados