Prevenir é o melhor remédio
BRASIL EM AÇÃO
Especialistas alertam: gestão tributária deve ser um processo preventivo e contínuo nas empresas e não apenas uma ferramenta pontual para combater a crise com redução de custos tributários
O orçamento quando tem que apertar o cinto, nas empresas, a busca por meios de obter alguma redução nos gastos para equilibrar a receita e o fluxo de caixa acaba vindo à tona em tempos de crise. E é aí que entra um dos maiores vilões das companhias, responsável por custos que, em média, chegam a 36% da receita: a carga tributária.
Mas, infelizmente, na maioria dos casos, correr para tentar resolver essa questão na hora da crise, acaba não surtindo o efeito esperado, pois a gestão tem que ser contínua e preventiva. Uma gestão competente é tarefa que exige antecedência, o que não inviabiliza a gestão tributária a qualquer tempo.
“Essa visão imediatista, que ainda se observa em grande número, revela o quanto o empresário contábil tem de espaço para atuar como um verdadeiro consultor e orientar seus clientes para minimizar os efeitos nocivos da elevada carga tributária brasileira nos resultados do seu negócio” comenta o presidente do Sescon-SP, José Maria Chapina Alcazar. Em seu estudo “A Operacionalização do Planejamento Tributário e o Propósito Negocial”, o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, define assim a característica de prevenção que deve ter a gestão tributária: “trata- se de uma atividade empresarial estritamente preventiva, que tem como fator de análise o tributo, e visa identificar e projetar os atos e fatos tributáveis e seus efeitos, comparando-se os resultados prováveis, para os diversos procedimentos possíveis, de tal forma a possibilitar a escolha da alternativa menos onerosa, sem extrapolar o campo da licitude”. Na prática, isso significa que o primeiro passo obrigatório para definição de uma eficiente gestão tributária, no âmbito empresarial, está na elaboração de um diagnóstico para identificar quais