Preparação neuromuscular
O estudo da interação entre o sistema nervoso e as células musculares é compreendido pelo entendimento de conceitos como ‘’potenciais de repouso e de ação’’ e suas reações no mecanismo da contração muscular.
Os sinais nervosos são transmitidos por potenciais de ação que são rápidas alterações do potencial de membrana que se propagam com grande velocidade por toda a membrana da fibra nervosa. Cada potencial de ação começa por uma alteração súbita do potencial de membrana normal negativo para um potencial positivo, terminando, então, com retorno quase tão rápido para o potencial negativo. Para conduzir um sinal nervoso, o potencial de ação se desloca ao longo da fibra nervosa até sua extremidade final (GUYTON & HALL, 2006).
Os tecidos muscular e nervoso assemelham-se pelas propriedades de excitabilidade e condutibilidade, que fundamentam a junção neuromuscular (unidade motora).
Na maioria dos músculos esqueléticos, cada fibra se prolonga por todo o comprimento do músculo. Exceto por 2% das fibras, cada uma, em geral, é inervada por apenas uma terminação nervosa, situada perto do meio da fibra. (GUYTON & HALL, 2006).
A contração muscular ocorre em etapas bem definidas: a partir do estímulo do potencial de ação vindo do nervo motor, ocorre a liberação de um neurotransmissor que promove a abertura de canais colinérgicos, após a ativação de um canal, o estímulo se propaga pela membrana (sarcolema), promovendo a excitação do retículo sarcoplasmático, que libera íons cálcio, o que promove a atração entre os filamentos de actina e miosina (processo contrátil). A retirada dos íons cálcio, pela bomba de cálcio, representa o fim da contração muscular.
O estudo do mecanismo da contração leva ao entendimento de vários fenômenos observados, tais como: limiar de excitabilidade do nervo ciático, limiar de excitabilidade do músculo gastrocnêmio, contração isotônica, escala das contrações, fenômeno da escada, tétano perfeito, tétano imperfeito, estímulo