PRECONCEITO ÉTNICO E RACIAL
Em quaisquer sociedades, ainda pode ser sentida a ideia de segregação da humanidade tendo como ponto base os traços raciais e étnicos, o que faz com que, só para exemplificar, o pigmento da pele, a cor e o tipo de cabelo e o formato dos olhos, bem como a língua, a religiosidade do indivíduo, etc., sirvam para a sua classificação em superior ou inferior a outrem. Ou seja, por essa classificação, não se percebe o valor incondicional do ser humano, mas um valor atribuído pela ideia de padrão, de perfeição, de beleza. O discriminado, por sua vez, nem sempre se vê como aquele "diferente", que é digno de ser diferente, e que deveria lutar para ter seus direitos, como tal, plenamente respeitados, mas, muitas vezes, se torna um lutador contra si mesmo, buscando estar entre os "iguais". É o caso, por exemplo, do negro que se sente bem ao ser chamado de moreninho ou de pardo, mas se incomoda quando fazem referência à sua cor real. Então, seja qual for a discriminação, essa deve ser denunciada, para que, então, seja legal e severamente punida, para que a cultura do respeito à igualdade de direitos e do direito de ser diferente possa tomar corpo efetivamente. E, para isso, inclusive, foi criada a Declaração e Programa de Ação de Durban, que é um instrumento internacional de luta contra o racismo, o preconceito, a xenofobia e outras formas de desrespeito ao outro. Contudo, a criação de instrumentos como este não se traduz em efetivação de direitos. É preciso empenho por parte do Estado e da sociedade. Inclusive, as minorias, ou menos representados, como índios, dificilmente têm acesso a cargos políticos, de onde poderiam, a partir de sua experiência de vida, criar e implementar leis de respeito às diferenças.
Gabriel de Souza
Licenciado em Geografia, pela UNEAL (2011)
Graduando em Licenciatura em Ciências Sociais, pela UFAL
Pós-graduando em Educação em Direitos Humanos e Diversidade, pela UFAL