preconceito na sociedade

1.0 INTRODUÇÃO

Durante séculos o preconceito esteve junto à saga humana marcada por guerras e pela construção de impérios sobre os escombros dos dominados. Sem um histórico particular e significativamente presente em nossa sociedade, o preconceito é sem sombra de dúvidas uma problemática que sempre fará parte da cultura humana.
Não sabemos de onde vem o preconceito, estudos relatam que no processo de evolução da humanidade, o homem se viu travado nas guerras e batalhas para se firmar como o mais forte, a sociedade mais potente, o povo escolhido, a raça mais pura e nesse processo, não hesitou em matar, extirpar, acabar e aniquilar tudo e todos que julgavam ser diferente, dessemelhante, desigual, gerando o que hoje conhecemos como preconceito (QUEIROZ, 1995).
Buscando seu significado na própria origem da palavra é possível saber que o termo preconceito vem do latim prae (antes) e judicium (julgamento), que pode ser definido como crenças e valores apreendidos, conduzindo aos indivíduos a serem contra membros de grupos diferentes. Aos indivíduos, vítimas do preconceito, é negado o direito de serem reconhecidos e tratados como indivíduos com características individuais (CASHMORE, 2000).
Qualquer opinião desfavorável, concebida sem exame e crítica, é um sentimento formado sem maior ciência. Prejuízo, suspeita, ódio irracial ou aversão, que se estende a outras raças, credos, culturas, religiões... Em outras palavras, o preconceito é o juízo que fazemos antes de conhecer mais profundamente as características de uma situação ou pessoa.
Como trabalhar esse fenômeno numa disciplina reconhecida muitas vezes por serem fomentadoras de ações preconceituosas? Para algumas pessoas as aulas de educação física tornam-se lembranças de experiências marcadas pelo medo, pela exposição e principalmente pelos traumas do preconceito. Evidenciar as manifestações preconceituosas durante as aulas de educação física é um motivo para que possamos discutir sobre as diferenças entre os