PRECONCEITO DE COR E RACISMO NO BRASIL
Antonio Sergio Alfredo Guimarães
A questão do preconceito racial e a pratica de racismo no Brasil, vem, de acordo com o texto, sendo pontuado desde 1870 dentro das praticas institucionais, então responsáveis pela construção do pensamento político e social da sociedade da época, as escolas de Direito e Medicina dos então pólos econômicos do país – São Paulo e Recife. Dessa forma assumindo, o racismo, caráter cientifico, fortalecendo a ideai de que as desigualdades entre os seres humanos estão fundadas na diferença biológica, na sua natureza e constituição do ser.
No Brasil o racismo nasceu não apenas a partir da reação das elites intelectuais à igualdade legal que se instalava com a abolição, mas também ao modo como as elites intelectuais reagiam às desigualdades regionais que se avolumava entre o Norte e o Sul do país em decorrência da decadência da economia açucareira e crescimento do regime cafeeiro.
As concepções médicas e legais que envolviam o racismo puro fizeram com que a teoria do embranquecimento subsidiasse as políticas de imigração, substituindo a mão de obra negra por imigrantes europeus, que desaguariam nas políticas de miscigenação lenta e contínua de modo a implantar na população brasileira caracteres mentais, somáticos, psicológicos e culturais da raça branca, tornando as outras manifestações do pensamento psicossomático marginal.
Nasceu também no Norte brasileiro a superação doutrinária com a sociologia de Gilberto Freire e para muito isso já acontecia na vida intelectual brasileira nos manifesto românticos dede José de Alencar e Franklin Távora. Mas, o pensamento ideológico de Gilberto Freire promove uma verdadeira revolução ideológica no Brasil ao identificar a cultura luso-nordestina como a alma nacional. Às idéias de Gilberto Freire deu-se o nome de “Democracia racial” e isso definiu o frágil equilíbrio político entre desigualdade racial, autoritarismo político e