Animais em extinção
Durante a estação da seca (abril a setembro) a água começa a deixar a planície, mas fica aprisionada em depressões formando lagos, aqui chamados de baías, onde as capivaras se concentram. O tamanduá-bandeira sai em busca de formigas e cupins ao som de araras-azuis que gritam para chamar o parceiro. Os quatis se aventuram fora das florestas para beber água enquanto a onça-pintada espreita à espera de uma presa desavisada.
Quando as chuvas começam, trazendo a estação da cheia (outubro a março). Tudo volta a ser verde novamente, as plantas passam a produzir frutos que farão parte do cardápio do tucano-toco e o joão-pinto aproveita a época de fartura para alimentar seus filhotes. A planície, antes ocupada por lobinhos e seriemas, é inundada e passa a ser habitada pela marreca-cabocla, que cuida para que seus bebês não virem comida de jacaré. Os bugios permanecem nas matas, mas outros mamíferos procuram terras mais elevadas e deixam o Pantanal.
A maior arara do mundo está ameaçada de extinção. A arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) sofre com o desmatamento, a falta de cavidades para reprodução, com a coleta de ovos e filhotes para tráfico e com a caça para a fabricação de artefatos para serem vendidos aos turistas. Porém, graças aos esforços do Projeto Arara-Azul, a população da espécie segue aumentando no Pantanal
Status na IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês): espécie ameaçada
O tucano-toco (Ramphastos toco) tem um bico longo e inconfundível. É o maior predador de ovos e filhotes de aves do Pantanal. Durante a temporada de reprodução (setembro a novembro) é comum ver pequenos pássaros perseguindo e bicando tucanos, na tentativa de proteger seus ninhos. Apesar disso, os predadores são grandes dispersores de