Preconceito 2
Jéssica: No Brasil, a probabilidade de um negro ser vítima de homicídio é muito maior do que a de um branco. Há alguns movimentos de contradição ao preconceito em geral, tanto organizadas pela população, quanto pela elite, mas esses movimentos sofrem alterações na prática.
Yasmin: O tratamento é diferenciado pela cor, seja em hospitais, escolas, trabalho... Dados do IBGE mostram que cerca de 60% dos negros que precisam de atendimento no SUS, não conseguem atendimento. Isto é a evidencia da precariedade do dispositivo constitucional que assegura a universalidade do direito à saúde no país.
Luciana: No plano da educação, todas as pesquisas apontam que, ainda que o acesso tenha crescido no país nos últimos anos, a presença dos negros no ensino médio, universitário e na pós-graduação permanece significativamente menor do que a dos brancos. Diferença que se torna exponencial nos níveis superiores de formação.
Beatriz: Os territórios de maioria negra nas cidades (favelas, loteamentos, bairros pobres e periferias) são carentes de equipamentos urbanos e serviços públicos de boa qualidade. O déficit habitacional brasileiro é fruto da ausência de uma política estatal de habitação popular, o que resultou na precariedade que caracteriza as atuais condições de moradia e vida nessas localidades.
Thayna: Vivemos, hoje, uma mudança no eixo da atuação do Estado, cujo sentido passou a ser, simplesmente evitar que essas populações negras, pobres e moradoras em territórios de favelas, loteamentos, bairros pobres e periferias produzam problemas para a ordem social.
Gabriel: Quantos negros, pardos, mulatos ou brancos terão que morrer e/ou sofrer com as descriminações para perceberem que somos todos iguais independente da cor da pele?