Pre-Sóc
Pré-socráticos 1
Pré-socráticos
Assim são conhecidos aqueles primeiros gregos que compuseram a mutação mental, componente fundamental da nova paisagem grega do início do século VI a.C.
São chamados de pré-socráticos (ou pré-platônicos), não só porque são cronologicamente anteriores a Sócrates, mas porque colocam problemas que não se enquadram no recorte, de extrema importância para o pensamento ocidental, que a filosofia, justamente sob a batuta de Sócrates, realizará em Atenas no século seguinte.
O estudo dos pré-socráticos é dificultado pela carência de documentos. Poucos são os textos deles que chegaram até nós, em alguns casos os conhecemos somente por meio da doxografia (ver vocabulário). Mesmo com essa dificuldade nos arriscamos a interpretar e a compor com as ideias desses homens que se espalham desde a região da Ásia menor até a península itálica.
Um elemento que facilita nossa aproximação é o fato de que, apesar de reunidos sob uma mesma definição, existem diferentes preocupações, diversas geografias que se desenham no horizonte desses filósofos que permitem uma divisão em escolas. Além disso, por estarem “apaixonados por essa linda jovem (a filosofia) eles não permaneceram isolados uns dos outros: existiam entre eles influências, relações de aprendizagem – sem contar as ligações que seus desacordos criavam. Enfim, uma tradição foi assim progressivamente estabelecida” (Barnes, 3)
As Escolas
Jônica – busca dos princípios materiais: “Os que por primeiro filosofaram, em sua maioria, pensaram que os princípios de todas as coisas fossem exclusivamente materiais. De fato, eles afirmam que aquilo de que todos os seres são constituídos e aquilo de que originariamente derivam e aquilo em que poe último se dissolvem é elemento e princípio dos seres, na medida em que é uma realidade que permanece idêntica mesmo na mudança de suas afecções” (Aristóteles, Metafísica A3)
Representantes principais
Tales de Mileto (639-546 a.C) (adaptação