Pre sal
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A primeira mudança, segundo Adriano Pires, diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), será a limitação de novos locais para a perfuração. Para Pires, as leis ambientais para a implantação de novas plataformas devem ficar ainda mais rígidas depois do derramamento de petróleo, que já é o maior da história dos Estados Unidos.
“As normas de segurança também devem se tornar mais complexas, e cada vez mais as petrolíferas terão que usar equipamentos sofisticados para evitar novos acidentes. Além disso, os seguros das plataformas devem ficar mais caros. O custo da exploração de petróleo também deve subir”, afirmou Pires.
David Zylbersztajn, ex-presidente da ANP (Agência Nacional do Petróleo), concorda e destaca que a longo prazo a mudança deve ser na busca por energias alternativas, além do mineral. “Estamos no século 21 e o petróleo é energia do século 20. O acidente, além de retardar explorações em novas áreas, vai estimular a busca por novas fontes de energias em todo o mundo”, disse.
Embora Zylberztajn confirme que essa já seja uma tendência do governo de Barack Obama, que sinaliza o desejo de acabar com a dependência de petróleo do Oriente Médio, ele afirma que a busca por substituir antigos modelos de energia deve se tornar ainda mais prioritária depois do acidente no golfo do México.
Porém, para Ildo Sauer, ex-diretor de Gás e Energia da Petrobras e um dos diretores do Institulo de Eletrotécnica e Energia da USP (Universidade de São Paulo) não existem condições concretas de mudança no setor energético após o acidente, pelo menos pelas próximas