Pre - mordenismo
Neste período, alguns anos após a abolição da escravatura, muitos imigrantes, em sua maioria italianos, vêm ao Brasil substituir a mão-de-obra rural e escrava.
A urbanização de São Paulo faz surgir uma nova classe social: a operária, ao mesmo tempo em que os ex-escravos são marginalizados nos centros urbanos.
Os estados brasileiros passam por transformações na economia: a ascensão do café no Sul e Sudeste, e o declínio da cana-de-açúcar no Nordeste.
O governo republicano não garantia esperanças e não promovia as tão esperadas mudanças sociais, pelo contrário, a sociedade se encontrava dividida entre a elite detentora de dinheiro, respeito e poder das oligarquias rurais e a classe trabalhadora rural, bem como dos marginalizados nos centros urbanos.
A desigualdade social culminou em diversos movimentos sociais pelo Brasil, como a Revolta de Canudos, ocorrida no final do século XIX no sertão da Bahia, sob liderança de Antônio Conselheiro, dentre outros movimentos de protesto às condições de vida no Nordeste. Além disso, ocorreram também os movimentos protestantes no meio urbano, como a Revolta da Chibata, em 1910, contra o maltrato da Marinha à corporação e também as greves de operários.
Já no começo do século XX começa a surgir os primeiros indícios da crise cafeeira com a superprodução de café, a chamada crise da “República Café-com-Leite”.
É em meio a este quadro na sociedade brasileira que começa no Brasil uma nova produção literária, intitulada de Pré-Modernismo pelo crítico literário Tristão de Ataíde. Trata-se das obras literárias de um grupo de escritores que propunham as mesmas temáticas e formas, as que seriam enquadradas no futuro movimento literário: o Modernismo. Destaca-se neste período a obra Os sertões, de Euclides da Cunha e Canaã de Graça Aranha.