pre historia da linguagem
Ate agora foi ensinado as crianças a desenhar letras e construir palavras, mas não se ensina a linguagem escrita. A ênfase maior está na mecânica de ler o que esta escrito que acaba obscurecendo a linguagem escrita como tal.
Esse problema não afeta apenas crianças que não tem nenhum problema de aprendizagem ou que tenham algum problema fisiológico. Com surdos-mudos, por exemplo, ocorre algo similar. A ausência de linguagem falada resulta numa linguagem morta.
Pode-se comparar esse fato com a habilidade de tocar piano. É possível aprender a tocar e ler partituras com a maior maestria e mesmo assim não gostar de música, pois falta o gosto pela essência da tarefa.
Até agora, a psicologia considera a escrita uma complicada habilidade motora, dando pouca atenção à linguagem escrita. Portanto apesar de algumas tentativas ousadas, a psicologia infantil não possui uma visão convincente do desenvolvimento da linguagem escrita como um processo histórico, como um processo unificado de desenvolvimento. Infelizmente conseguimos apenas distinguir os pontos importantes nesse desenvolvimento e discutir as suas grandes mudanças.
Gestos e signos visuais
O gesto é o signo visual que contém a futura escrita da criança.
Foi Wurth quem assinalou a ligação entre o gesto e a escrita pictórica ou pictográfica. Ele mostrou que, frequentemente, os gestos figurativos denotam simplesmente a reprodução de um signo gráfico. Por outro lado os signos são, frequentemente, a fixação dos gestos. Todas essas designações simbólicas só podem ser explicadas como derivadas da linguagem gestual.
Existem ainda dois outros domínios de gestos ligados a origem dos signos escritos.
O primeiro é o dos rabiscos da criança. Foi observado que, frequentemente, as crianças usam dramatização, demonstrando por gestos o que elas deveriam demonstrar por desenhos. Por exemplo: uma criança que tem que desenhar o ato de correr, começa por demonstrar com o movimento